
No livro, Tagore conduz o leitor entre o Oriente e o Ocidente sempre com um lirismo inconfundível, através de uma espiritualidade ampla e aberta, que incorpora elementos de várias vertentes, como o budismo, hinduísmo, cristianismo, vixnuísmo e outras pequenas linhas espirituais quase desconhecidas que existiam na província de Bengala em sua época, mas sem se apegar a elas.
Escrito em 1913, na língua bengali, Sadhana foi logo traduzido para o inglês pelo próprio Tagore e seus irmãos, para que o livro pudesse ganhar o mundo, tendo ficado bastante conhecido na Europa. Ainda hoje, os principais elogios feitos ao livro se dão por sua atemporalidade, universalidade e amor pelo ser humano, características essas encontradas em toda a vasta obra de seu autor, conhecido por defender a igualdade entre os seres humanos e sua relação com o cosmos. Seus ensinamentos sensíveis e belos conquistaram o mundo, muito bem representados nesta tradução de Sadhana, que figura entre suas obras-primas.
Rabindranath Tagore nasceu na Índia, em 1861, e foi o primeiro não europeu a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1913, com seu ciclo de poemas Gitanjali. Além de escritor e filósofo, também dedicou-se à educação, música, pintura, teatro e reformas sociais.
Amigo de Mahatma Gandhi, envolveu-se na causa da independência da Índia, embora tenha morrido alguns anos antes de ver o país livre.
O livro tem a tradução para o português feita por Leonardo Brockmann, e ainda traz um capítulo final sobre a vida e obra do autor, com fotografias cedidas pelo Ministério de Cultura da Índia.
A capa é assinada por Gean Paulo Naue, que também é o responsável pela capa do livro Ashtavakra Gita.